Ficámos ontem a saber, segundo as contas feitas pelo prisidente do BPI, (quem ouviu o debate “Prós & Contras”) que seis administradores do Millennium BCP custam mais de 25 Milhões de €uros/ano àquela instituição.
Dirão alguns defensores do total e livre arbítrio que, é a lei da oferta e da procura do sector privado bancário que escolhe os melhores e mais capazes para gerir os interesses dos investidores, (ainda que alguns deles já comecem a ficar escandalizados e a reagir).
Outros dirão, certamente que a maioria, é um escândalo social não só em Portugal como ao nível Europeu, onde as administrações não chegam a receber tão escandalosos lucros (ganhar tão elevados ordenados e gratificações) e onde não há 2,5 Milhões de cidadãos, ou seja 25% da população, a viver com menos de 400,00€/mês, isto é cinco mil e seiscentos €uros ano e se lhes forem entregues os subsídios a que equitativamente têm direito.
É certo que o poder político e os governantes muito pouco ou quase nada podem fazer no plano da liberdade privada, dentro da chamada economia de mercado. Mas, podem e devem fazer o que legitimamente está ao seu alcance no plano; legislativo, no plano da sensibilidade e da sensibilização moral e no plano da fiscalidade.
Situações como estas, que ontem se ouviram no debate “Prós & Contras” a propósito da, eventual, fusão do Millennium com o BPI, não deveriam levar à discussão e conclusão sobre quais as vantagens e inconvenientes da aplicação de um imposto adicional de solidariedade social sobre determinados rendimentos?
É curto, é muito curto e nada resolve chorar lagrimas de crocodilo sobre situações de imoralidade social, sobre esta realidade vergonhosa de pobreza extrema, ordenados miseráveis, elevado número de excluídos da vida activa a conviver com ordenados de escândalo e sem que sejam tomadas adequadas medidas.
É preciso agir eficazmente porque os paliativos feitos através das organizações de solidariedade social e já são mais de 1200 em Portugal, não vão, como nunca foram, alem da “caridadezinha” que só alimenta o ego de quem a pratica e empobrece ainda mais o já empobrecido país.
Simultaneamente vão sendo, ilusoriamente, minando os alicerces da classe média com as famílias cada vez mais pobres pela agressividade do apelo ao consumo e pelo excesso de endividamento cujos lucros vão caindo naqueles bolsos...
Um país assim não merda, ... não medra queria eu dizer, não cresce.
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